E aí, meu povo!
Estou estudando o livro de Eclesiastes, e fico cada vez mais impressionada por encontrar a mim e a tantos de nós naquelas palavras escritas há tanto tempo atrás. A verdade é que Salomão faz uma pergunta que nos persegue diariamente: qual o sentido da vida?
Em dois capítulos, eu já me identifiquei tanto com o cara que SÉRIO. Se a gente tivesse uma conversa face a face, frases como “é isso mesmo!” e “te entendo demais” seriam muito comuns. Já no primeiro capítulo, Salomão nos traz um entendimento profundo sobre o peso e o preço da sabedoria. Quanto mais críticos nos tornamos, mais a vida nos desafia. Pois nesse processo, entendemos nossas imperfeições, a clareza dos problemas e o vazio constante da falta de propósito. A sabedoria, em alguns momentos, implica em uma série de perguntas sem resposta e consequentemente em uma frustração anunciada.
Em seu segundo capítulo, Salomão continua discorrendo sobre a desilusão que todas as suas atitudes trouxeram. Ele viveu grandes feitos, construiu, plantou, colheu. Teve muitas mulheres, festas, alegrias, vinhos e riquezas. Mas NADA disso foi o suficiente pra ele, nada preencheu o grande buraco das suas perguntas, nada foi capaz de oferecer satisfação plena e completa. Ele chega a se perguntar: se quem conhece a sabedoria sofre tanto quanto quem não a conhece, por que eu me esforcei tanto em buscá-la?
A verdade é que a busca por essas coisas com fim nelas nunca será satisfatória, e como ele bem diz, será uma eterna corrida atrás do vento. E vejo a nossa geração sofrendo disso diariamente, colocando expectativas em relacionamentos, dinheiro, conquistas ou mesmo se enterrando em um buraco de desesperança. Temos tanto acesso a tudo, à diversos estilos de vida e formas de viver . Em um dia só, podemos ler sobre política, meio ambiente, amor e relacionamentos. E no fim, pra onde vamos? Nossa cabeça entra em parafuso. Sabemos bem como é, Salomão.
No capítulo seguinte, ele diz que Deus colocou o eterno em nossos corações. Então nada aqui será suficiente, não se culpe por isso. E é isso, Gabriela? Basta aceitar o vazio existencial? Não, eu espero que não, porque luto contra isso todos os dias. Há beleza nessa viagem que estamos fazendo, mas somos peregrinos. Ao viajar, eu amo a estrada, amo estar lá em cima sobre as nuvens, pois é um tempo para apreciar, pensar e curtir as belezas e os detalhes, mas meu coração vai estar mesmo no destino, isso é absolutamente normal. Aqui, vamos viver um bocado de coisa boa, mas querendo ou não, nossa alma vai almejar chegar em outro lugar, e o mais próximo disso que temos nessa terra é a presença calma e constante de Jesus.
“Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em seus corações, estejam unidos em amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de conhecerem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”.
{Colossenses 2:2,3}
Só vamos encontrar nosso sentido em Jesus, essa é a verdade. Então meu conselho pra você hoje é: aceite a efemeridade da vida, mas nunca a sua, pois você foi criado a imagem e semelhança de um Deus eterno e completo, que quer te revelar profundas verdades e profundo amor.
Beijo beijo e muito amor pra nós! <3
Sem comentários